Chegar à aldeia de Gondramaz, com a carrinha foi um desafio, não só porque fica mesmo no topo da montanha, mas também, porque estava uma grande neblina e tempo húmido.
Esta aldeia veste-se de Xisto, da cabeça aos pés. Não é muito grande, mas o suficiente para nos levar a um mundo de fantasia. As janelinhas com flores, as figuras de arte que se encontram por todo o lado, o xisto nas paredes, no chão, por todo o lado.
Quando chegamos à aldeia temos um poema de Miguel Torga, que nos recebe com doces palavras: “A vida é feita de nadas: De grandes serras paradas; À espera de movimento; De Searas onduladas pelo vento. De casas de moradias, caídas e com sinais, De ninhos que outrora havia nas Beiras; De poeira, de sombra de uma figueira; de ver esta maravilha: meu pai a erguer uma videira, como uma mãe que faz uma trança à filha”